Você já foi a lugares
mortos tentando encontrar esperança e a vida?
David Brainerd (1718 - 1747),
o grande inspirador das missões modernas - Durante sua curta vida, 29 anos, sofreu com muitas dificuldades e morreu de
tuberculose. Como resultado, sua biografia – Editada por Jonathan Edwards - se tornou uma fonte de inspiração e
encorajamento, incluindo missionários como William Carey e Jim Elliot , e o
primo de Brainerd, o evangelista do Segundo Grande Despertar, James Brainerd
Taylor (1801-1829). Brainerd disse certa vez: “Se você quiser encontrar alegria
no mundo, busque ela em Deus e não no mundo.” Lembrei dele ao rever uma
estranha história.
Há histórias que são
tão estranhas que até mesmo a ficção não podendo competir com elas apenas as
imitam. Essa é a história de Carl Tanzler. Talvez você não tenha ouvido sua
história, mas poucas histórias são mais inacreditáveis que a dele.
Ele é o Conde Von Cosel,
nascido em 8 de fevereiro de 1877 e morreu em 3 de Julho de 1952. Uma noite, em
abril de 1933, Tanzler fez algo inacreditável.
O jornal Miami Herald colocou
a história em sua manchete com o nome de o Amor que desafiou a Morte. Esse
romance pra lá de sombrio apareceu na primeira página do jornal em 1940. O
Conde Carl Von Cosel foi um bacteriologista de origem alemã no hospital Service
em Key West, na Flórida. Ele ficou completamente apaixonado por uma jovem (cubano-americana)
paciente com tuberculose chamada Elena ( “Helen” ) Milagro de Hoyos – nascida em
31 de Julho de 1909 e vindo a morrer em 25 de Outubro de 1931.
Tudo começou quando Carl
Tanzler conheceu Elena e reconheceu nela uma mulher que ele supostamente viu
muitas vezes em seus sonhos... Ela foi diagnosticada com tuberculose, uma
doença fatal naquela época ( Praticamente toda
família dela morreu com tuberculose ).
Tanzler, com seu
conhecimento médico, tentou tratar e curar Hoyos com uma variedade de
medicamentos, bem como equipamentos de raios-x e aparelhos elétricos... que
foram levados para a casa dos Hoyoses. Tanzler encheu Hoyos com presentes. Jóias,
roupas... (Ela estava separada, apesar de ainda ser casada oficialmente). Ele
declarou seu amor por ela de muitas formas, mas não há nenhuma evidência de que
ele tenha sido correspondido por Elena.
Apesar dos melhores
esforços de Tanzler, Elena morreu de tuberculose na casa de seus pais em Key
West, em 25 de outubro de 1931. Tanzler pagou seu funeral e, com a permissão de
sua família, ele mandou construir um
grande mausoléu acima no Cemitério de Key West.
A partir desse momento,
Von Cosel visitou o túmulo de Elena todos os dias a noite por um ano e meio. E então, numa
noite fatídica, Von Cosel afirma ter ouvido Elena cantando a letra de uma
antiga canção de amor espanhola. Ele ficou tão impressionado de ouvir a canção
de amor, que ele abriu o mausoléu, cavou e pegou o esqueleto rígido de sua
amada em seus braços. Ele disse que ela costumava lhe dizer para levá-la do
túmulo... mas quando ela cantou aquela música – ele resolveu fazer isso
definitivamente.
Nesse momento “único” –
que mais tarde Von Cosel chamou de “inspiração”, ele fez exatamente como na música
de amor eterno e levou o corpo de Elena para casa com ele e tentou preservar o
cadáver de todas as formas possíveis para criar a ilusão da mulher bonita que
um dia conhecera.
Tanzler fixou os ossos
com arames... refez o rosto, colocou olhos de vidro... quando toda a pele se foi,
ele substituiu por um pano embebido em cera e gesso... Tanzler formou uma
peruca com cabelo de Hoyos que tinha sido recolhido por sua mãe e dado a
Tanzler pouco depois do enterro em 1931. Tanzler encheu a cavidade abdominal e
torácica do cadáver com trapos para manter a forma original, vestiu os restos
de Hoyos com roupas finas, joias, luvas...
e manteve o corpo em sua cama. Tanzler também usou quantidades abundantes de
perfumes, desinfetantes e agentes de conservação para mascarar o odor e
prevenir os efeitos da decomposição.
Depois Ele agiu como se
esse cadáver mumificado fosse real por sete longos anos - dançando com ele, passando
todo seu tempo com ele... Até que a irmã
de Elena desconfiou de algo errado e chamou as autoridades. Von Cosel foi preso
por conta do roubo do corpo, mas as acusações logo foram descartadas. No
momento em que The Miami Herald e Key West Citizen escreveram sobre isso, a
história de horror entre um velho delirante e seu paciente doente evoluiu para
um romance, e o público, com pena, talvez – sentiu certa empatia por von Cosel.
Na época de sua morte alguns anos depois, ele foi encontrado envolvido em torno
de uma escultura tamanho natural de Elena que ele criou depois que seu cadáver
mumificado tinha sido tirado dele.
Uau! Isso não é ficção!
Desde que ouvi a
história de von Cosel recontada em um documentário, não pude parar de pensar quão
bizarro o nosso mundo pode ser. Sempre
li – desde criança – literaturas meio macabras como Frankenstein... mas essa
história ultrapassa isso. E há muito nela para nós refletirmos seriamente.
Lendo por aí, você pode encontrar dezenas de especulações sobre o Conde Von
Cosel na cultura Pop. Há músicas e até
alguns CDs inteiros dedicados a essa história. O Martello Gallery-Key West Art
and Historical Museum e outro museu em Key West apresentam exposições com peças
originais e recriadas de Elena.
O romance, “Enterrada” de Tom Baker, é uma história de horror inspirada
na história verdadeira e muitos programas de televisão investigativos o
examinaram. Ronni Thomas, que está trabalhando no mais recente relato de von
Cossel em um documentário intitulado: No Place for the Living: a história louca
de Carl von Cosel, pergunta se ele era um cientista maluco, um romântico sem
esperança, um reanimador de cadáver ou algo inteiramente diferente. Mas o que
mais importa, além de pensarmos nas motivações de Von Cosel, são os fatos
objetivos dessa estranha história. A atitude muito real e sequência de eventos
de um homem que escava um túmulo com a esperança de encontrar a vida. “Cavando
um túmulo na esperança de encontrar vida” – não te faz pensar? Refletir sobre
esse homem velho e sua noiva cadáver não te faz enxergar a vida de nossa
geração?
Em Mateus 13, Jesus
falando sobre a separação do trigo e do joio, mostra como nós, seres humanos,
somos incapazes de distinguir perfeitamente o bem do mal. Isso é pessoalmente
ofensivo para o homem. Porque isso revela que você não pode realmente resolver
os problemas do mundo, nem sequer resolver teus próprios problemas, porque você
é parte do problema.
Esta parábola é difícil
de engolir para uma geração de homens que acha que sabe o que é bom para eles.
Em uma cultura inclinada a ideia de auto-salvação, de auto-aperfeiçoamento e de
auto-ajuda. Esse conceito mostrado por Jesus é ofensivo. A negação dessa verdade é que faz você ir a
lugares mortos na esperança de encontrar vida. Você, como o Conde Von Cosel, já foi a lugares mortos na esperança de
encontrar vida, satisfação, alegria... ? Vamos pensar um pouco por que isso é
assim, antes de voltarmos a aplicação e o final da história do Conde Von Cosel.
Theodore Dalrymple é um
grande escritor. Ele é um médico britânico aposentado. (Anthony Daniels
(nascido em 11 de outubro de 1949), que geralmente usa o pseudônimo de Theodore
Dalrymple. Ele é um escritor Inglês e médico psiquiatra aposentado. Ele trabalhou em uma série de
países africanos subsaarianos, bem como no East End de Londres. Antes de sua
aposentadoria, em 2005, ele trabalhou na City Hospital, Birmingham e Winson
Prison Green no centro da cidade de Birmingham , Inglaterra.)
Dadas estas definições,
ele viu e ouviu um monte de coisas desagradáveis ao longo dos anos em
hospitais, prisões... Em um de seus ensaios ele fala sobre como ele costumava
acreditar que as pessoas eram basicamente boas (Dalrymple não é um cristão).
Ele viveu e cuidou de pessoas em países onde ditadores governaram e pessoas
foram massacradas, mas ele pensava durante muito tempo, que a menos que você
tivesse esses tiranos no poder, a maldade generalizada, o mal generalizado não
era possível.
Ele gradualmente mudou
de ideia depois de ouvir inúmeras histórias e coisas horríveis que seus
pacientes tinham experimentado e feito. “Talvez a característica mais alarmante
desse mal por baixo e enraizado no íntimo do homem, é ele ser endêmico. O que o
faz estar tão próximo da concepção do
pecado original é que ele é espontâneo e não forçado. Ninguém obriga as pessoas
a cometê-lo.”
Dalrymple diz que em
uma ditadura você pode “entender” as pessoas fazendo coisas ruins para se
protegerem. Mas em um país livre, como a Grã-Bretanha, ninguém o obriga a ser
mau. Na verdade, muitas vezes você vai ser punido se você fizer o mal. E ainda
assim as pessoas escolhem livremente o que é mau. Fazem isso o tempo todo e de
todas as maneiras possíveis. Quantas vezes não fazem, mas confessam, como
muitas vezes ouvi, pensar coisas terríveis e não são feitas por motivos muitas
vezes egoístas – medo das consequências - mais desejadas. "Nunca
mais", escreve ele, "vou ser tentados a acreditar na bondade
fundamental do homem, ou que o mal é algo excepcional ou alheio à própria
natureza humana" ( Our Culture, What's Left of It ).
O pecado está em cada
coração humano. Ele é o vilão com mil faces em mil faces de vilões. É o homem
que abandona uma mulher grávida e deixa a cidade. É deixar a família e filhos
por causa de um “novo amor” – sob a desculpa de querer ser feliz a custa da família,
palavra empenhada e felicidade de outros. É a evidência da feiura do
egocentrismo disfarçado com a palavra “amor”. Como se chamássemos veneno de
essência de hortelã mudasse o que o veneno é. É o homem dizer que seus desejos
sexuais é que define o que é família e casamento. É também o homem de família
respeitável que despreza sua esposa e ignora seus filhos. É a mulher mesquinha
que fala mal de todo mundo, mas é também a doce senhora que nunca diz uma
palavra indelicada mas abriga todos os tipos de ressentimentos e rancores no
peito. É o garoto que mente a seus pais... É também a criança que fica em linha
reta, cara emburrada e faz pirraça quando seus desejos são contrariados... é o
coração que admite não ser perfeito como forma de auto-justificação se
refugiando no orgulho da comparação com o que os outros estão fazendo...
O pecado é a luxúria
que leva a sociedade ver o sexo como mero entretenimento, usando outros seres
humanos como se fossem coisas... é cobiça e assassinato... Mas o pecado também
é impaciência, egocentrismo mesquinho e a necessidade de controlar tudo e
todos... Pecado é ter crises e “odiar” a si mesmo, não por seu pecado, mas
porque em seu orgulho você quer ser o mais bonito, o mais inteligente, mais
magro, mais atlético... O pecado está no desgosto com todas as pessoas que não
são o que nosso ego desejava que elas fossem para nós. O pecado não está no
fato de que o homem não se ama, mas na auto-importância que sentimos, achando
que mesmo Deus devia se curvar a nossa vontade... na auto-importância que
sentimos em nosso esnobismo intelectual para com aqueles que achamos que não são tão iluminados como nós somos, o
esnobismo estético, o esnobismo financeiro, e esnobismo do nosso gosto
“refinado”...
O pecado está ajudando
e fazendo caridade porque os outros irão pensar bem de nós, que somos pessoas
boas, de bom caráter ( e jamais fazendo isso somente para a glória de Deus)...
O pecado está ajudando e fazendo caridade para que nós mesmos achemos que somos
bons... O pecado está sempre falando mais da falha dos outros, da igreja... do
que orando por eles... o pecado está recusando um milímetro de misericórdia
para os que nos ferem, quando misericórdia infinita foi dada a nós em Cristo. O
pecado ama ser apreciado pelas pessoas no que fazemos por elas e nos leva a
fazer tudo para receber os aplausos dos nossos feitos. O pecado é atribuirmos
um monte de nomes novos a velha corrupção do nosso ser. É esconder a preguiça
chamando de déficit de atenção, chamamos o medo do homem e a falta de confiança
em Deus de crise de ansiedade, é ignorar a Deus e chamar isso de vida muito
ocupada...
Precisamos
desesperadamente recuperar a palavra “pecado” em nosso vocabulário. Quando um
político famoso, atleta famoso, uma celebridade, ou um pastor, padre, pessoa
comum... faz um “mea culpa” - é quase sempre na linguagem do "Lamento ter
decepcionado tantas pessoas." Ou: "Lamento o meu erro de
julgamento." Ou, "Eu admito que isto tem sido uma luta por mim e eu
estou buscando ajuda.”
Raramente, alguém diz
"Eu pequei. É indesculpável. Não posso responsabilizar ninguém... Por
favor, me perdoem. Se não perdoarem, eu seu que seria merecido...” – Como Davi
disse, por exemplo: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado
está sempre diante de mim. Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é
mal à tua vista...” - Salmos 51:3-4
Mesmo como cristãos
encontramos maneiras de evitar a palavra pecado. Ou quando pedimos perdão,
temos tantas justificativas e ressaltamos tanto o erro dos outros que o pedido
de perdão é na verdade uma distribuição de culpas para amenizar a nossa.
Falamos mais facilmente
de nossas imperfeições, nossas falhas,
nossas dificuldades, nossas disfunções,
nossas fraquezas, nossas inseguranças, problemas psicológicos, que estamos em processo
de crescimento... Mas quantas vezes nós chamamos o pecado de
"pecado"?
A Bíblia diz que o
pecado é o problema do mundo. Somos traidores, rebeldes e desleais ao nosso
Rei. Somos criaturas ingratas empinando os nossos narizes para o Criador. Somos
amantes loucos fazendo de desejos, pessoas e coisas ídolos que não podem nos
satisfazer. Temos corações poluídos que gostam do que é ruim e não gosta do que
é bom, corações corrompidos que buscam a glória própria e não somente a glória
de Deus. “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más” -. João 3:19 - O
pecado é o pecado que assedia a todo homem nascido em Adão.
Com exceção de Jesus, é
claro. Deus tomou “aquele que não conheceu pecado, e o fez pecado por nós; para
que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” - 2 Coríntios 5:21 – Ou seja, o
pecado pode ter mil faces se expressando em todo homem nascido em Adão, mas a
salvação tem apenas uma.
“Como está escrito: Não
há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que
busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há
quem faça o bem, não há nem um só.” - Romanos 3:10-12.
Bondade essencial? Não!
Depravação total! – Até mesmo um não cristão como Theodore Dalrymple pôde ver
isso – em todos, do ditador cruel ao mais simples, comum e pobre homem da
sociedade humana.
Voltando ao Conde Von Cosel
, eu posso dizer que certamente eu já fui a lugares mortos na esperança de
encontrar vida. Mesmo que nossas especulações sobre Von Cosel pudesse nos levar
a várias respostas, tenha certeza, que com da porção de terra tirada com sua
pá, ele pensou que estava um passo mais perto da vida e alegria. Um passo mais
perto de preencher a sensação de vazio, ou encontrar a resposta que fosse que o
fez ir ao túmulo de uma mulher morta todos os dias por um ano e meio. Certamente
a frase de David: “Se você quiser
encontrar alegria no mundo, busque ela em Deus e não no mundo.” – nunca passou
por sua cabeça. Mas não é incrível ela não fazer parte cotidiana dos pensamentos
de quem se diz cristão? Eleito, Salvo, Regenerado, Justificado...?
Eu não pude deixar de
pensar sobre isso enquanto via a história de Von Cosel... sobre quantas vezes
eu pensei que sabia exatamente o que eu precisava para resolver esse problema
ou preencher aquele vazio, ou... Quantas sepulturas e cadáveres eu tentei
desenterrar apenas para encontrar morte em seu fundo?
O dicionário define
"inspiração" como um adjetivo que significa "despertado, animado
ou imbuído do espírito para fazer algo, por ou como por uma influência sobrenatural ou divina". O
sentimento de inspiração é muitas vezes correlacionado aos momentos em que
encontramos a vida, significado... Momentos em que vemos a “luz brilhante” nos
poços vazios dentro de nós. Pessoas, romance, idéias, arte, história, viagens... Não há limite para o que atrai as pessoas.
Mas a verdade é que as coisas que nos fazem sentir "calorosos" não
nos satisfarão nem nos encherão. Insistir em cavar túmulos na esperança de encontrar
vida faz o homem inexoravelmente deprimido.
Em nossa humanidade, a
única inspiração que nos levará à vida é o Espírito Santo: “Porque o reino de
Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”
Romanos 14:17
Então, enquanto
queremos pegar desesperadamente uma pá para seguir nossas paixões que parecem
prometer a vida – cavar túmulos na esperança de encontrar vida neles – no lugar
de paz, alegria e justiça no Espírito Santo, o homem experimenta o oposto.
Na outra extremidade, o “trabalho duro” para o
qual o evangelho nos chama é o descanso. O tipo de descanso que nos leva a ser
liderados por Outro que nos levará a onde a vida realmente pode ser encontrada.
Em Cristo habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade. Cristo tem o Espírito Santo, o
qual Ele nos outorga espontânea e abundantemente, pois o que recebemos é “a
graça.... segundo a proporção do dom de Cristo”. Os primeiros crentes
“transbordavam de alegria e do Espírito Santo” (At 13.52). Nós temos de ser
cheios do Espírito Santo (Ef 5.18), pois o que Cristo nos dá é o próprio
Espírito Santo (Rm 5.5), e não algumas influências. O Espírito Santo desce
sobre nós (At 8.16, 11.15); é derramado sobre nós (At 2.33, 10.45, Ez 39.29);
somos batizados com Ele (At 11.16). O Espírito Santo é o penhor de nossa
herança (Ef 1.14); Ele nos sela (Ef 1.13), imprimindo em nós a imagem e
semelhança de Deus. O Espírito Santo ensina (1 Co 2.13), revela (1 Co 2.10),
convence (Jo 16.8), fortalece (Ef 3.16) e nos torna frutíferos (Gl 5.22). Ele
perscruta (1 Co 2.10), age (Gn 6.3), santifica (1 Co 6.11), guia (Rm 8.14, Sl 143.10),
ensina (Ne 9.20), fala (1 Tm 4.1, Ap 2.7), demonstra ou prova (1 Co 2.4). O
Espírito Santo intercede (Rm 8.26), vivifica (Rm 8.11), cria (Sl 104.30),
conforta (Jo 14.26), derrama o amor de Deus em nosso coração (Rm 5.5) e
regenera (Tt 3.5). Ele é o Espírito de santidade (Rm 1.4), de sabedoria e de
entendimento (Is 11.2, Ef 1.17); o Espírito da verdade (Jo 14.17), de
conhecimento (Is 11.2), da graça (Hb 10.29), da glória (1 Pe 4.14), do nosso
Deus (1 Co 6.11), do Deus vivente (2 Co 3.3). O Espírito Santo é o bom Espírito
(Ne 9.20), o Espírito de Cristo (1 Pe 1.11), o Espírito de adoção (Rm 8.15), o
Espírito de vida (Ap 11.11) e o Espírito do Filho de Deus (Gl 4.6).
Este é o Espírito
Santo, por meio de quem somos santificados (2 Ts 2.13); o “Espírito eterno”,
pelo qual Cristo se ofereceu sem mácula a Deus (Hb 9.14). Este é o Espírito
Santo, por quem somos “selados para o dia da redenção” (Ef 4.30); o Espírito
que nos torna sua habitação (Ef 2.22) e vive em nós (2 Tm 1.14), através de
quem somos preservados a olhar para e a ansiar por Cristo e que nos torna
“ricos de esperança” (Rm 15.13).
Por que não ouvir
Jesus?
Por que o ouvimos tão
pouco?
Por que estamos sempre
prontos para ouvir o ruído mofado da “sabedoria” humana de novo e de novo?
Toda vez que nos
sentimos cansados e sobrecarregados Cristo diz, como em Mateus 11: 28-29:
- Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Esta é uma promessa
para todos os que estão cansados e sobrecarregados. De novo e de novo...
Isso me inclui. Isso
inclui você.
Mas para evitar que
esta promessa se torne um clichê vazio – (o que tem sido muito comum – Pensando
bem, o que não tem virado um clichê vazio para esta geração gospel?) - vamos
cavar mais fundo.
Que descanso Jesus
promete?
Não é sobre tirar
coisas de nossas vidas que achamos ser o problema.
Observe - este descanso
vem de tomar o Seu jugo e aprender com ele -
Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim. (Mateus 11:28)
Assim, o jugo é uma
imagem de aprender com Jesus.
Aprender o quê?
O que Jesus nos ensinam
que nos trará verdadeiro descanso?
Leia o que Jesus disse
logo antes de seu convite para o cansado -
... Ninguém conhece o
Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o
Filho o quiser revelar. (Mateus 11:27)
O pecado nos cega
totalmente para o conhecimento de Deus Pai. Mas, na grande misericórdia, por
meio da Cruz e do Espírito e tão somente pelas Escrituras - Jesus revela o Pai
para nós.
Em seguida, no verso 28
Jesus continua o tema de nós aprendermos com ele -
Vinde a mim, todos os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o
meu jugo e aprendei de mim. (Mat. 11:28)
O que podemos aprender
com Jesus? É o que Ele disse em v.27 - Ele vai revelar o Pai para nós.
Jesus nos dá descanso
revelando o Pai para nós.
Como isso pode nos dar
descanso?
Imagine carregar uma
mochila de 25 quilos em uma estrada de terra que se estende por uma montanha
íngreme por quilômetros.
Você está caminhando
pela estrada olhando para teus pés, observando o gotejamento do suor do teu
nariz na poeira.
Cansado e
sobrecarregado.
Mas imagine que você
ouve alguém gritando:
Com licença! Olhe para
cima! Olhe á frente!
E quando você olha para
cima na estrada, você vê um jipe na tua frente - com alguém convidando você
para subir para que eles possam te levar ao topo.
Muda tudo.
O cansaço desaparece. A
Força aumenta. Você se sente descansado...
Isso é o que Jesus faz.
Jesus supera o nosso
cansaço mostrando-nos o Pai.
Estamos cansados com
muito o que fazer - mas Jesus mostra-nos que o Pai nos dará graça de fazer o que Ele nos chama para
fazer: “E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que
tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra” - 2
Coríntios 9:8
Nós enfrentamos
decisões difíceis - mas Jesus mostra-nos que o Pai nos dará toda a sabedoria de
que precisamos para cada decisão que enfrentamos: “E, se algum de vós tem falta
de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em
rosto, e ser-lhe-á dada.” Tiago 1:5
Estamos exaustos por
contratempos inesperados - mas Jesus nos mostra como totalmente satisfatória é
a presença do Pai: “A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a
minha boca te louvará com alegres lábios, Quando me lembrar de ti na minha
cama, e meditar em ti nas vigílias da noite.” - Salmos 63:5,6 - e que Ele tinha
um propósito sábio e amoroso para cada revés e aflição: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a
vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o
fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos
ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso
coração.” - Jeremias 29:11-13
Mas como é que Jesus
faz isso?
No verso 27 Jesus disse
que Ele “revela” o Pai para nós. Não há outra forma de se alcançar verdadeiro
descanso, ou outro lugar onde o verdadeiro descanso esteja.
Então, como vamos
experimentar isso?
Aqui está o que sempre
me foi útil.
Vou a Jesus tal como
estou - no meu cansaço e desânimo - e confio que Ele vai me ajudar fazendo o
que prometeu. Vai me dar um conhecimento mais profundo do Pai e conhecerei mais
do Seu descanso.
Confesso-lhe que eu não
estou vendo o amor do Pai como devia (A evidência clara é o meu estado), Suas
promessas, Sua bondade - tudo o que eu estou vendo é meus problemas. Confesso
meu pecado... que pecado poderia ser maior do que deixar problemas mínimos
ofuscarem a visão de um Deus infinito?
Peço a Jesus para revelar
o Pai para mim - para fazer a Sua obra sobrenatural... Que o Espírito Santo me
santifique pela Palavra da Verdade... não há outra voz senão a Palavra de Deus
para ser ouvida. Certifique-se que não está buscando ouvir Deus fora dela.
Então eu oro sobre
versículos específicos que mostram quem é o Pai - como 2Cor 9: 8; Tiago 1: 5;
Fil 4:13; Fil 4:19; Sl 50:15.
“Posso todas as coisas
em Cristo que me fortalece.” - Filipenses 4:13
“Meu Deus, segundo as
suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo
Jesus.” - Filipenses 4:19
“E invoca-me no dia da
angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.” - Salmos 50:15
Continuo por meditar em
Seus atributos, caráter, beleza, decreto... até me demorar em tudo o que o
Calvário me diz sobre Ele.
Continuo orando sobre
esses versos - peço o trabalho transformador de corações que só Jesus pode
fazer pelo Espírito - até que eu sinta a minha fé se “erguendo” e eu “veja,
sinta e confie” em tudo o que o Pai promete ser para mim por seu amor sem fim
pelo Seu Filho Amado e pela Sua obra perfeita na cruz - e eu sinto o descanso
vindo sobre mim.
Descanso garantido!
Eu não quero parecer
irreverente. Mas é verdade.
Nós nunca mais
cambalearemos por falta de descanso.
Porque se vamos a Jesus
e Ele nos revela o Pai mais e mais, dia após dia... nós sempre iremos encontrar o descanso que
precisamos.
Ele promete. Ele
cumpre.
“Mas os que esperam no
Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se
cansarão; caminharão, e não se fatigarão.” - Isaías 40:31.
Pare de cavar túmulos
na esperança de encontrar a vida.