As Doutrinas da graça,
o evangelho reformado, o evangelho bíblico... condena totalmente e rejeita o
antinomianismo, ou é uma falsificação grosseira. Mesmo sabendo que o pecado se
apega aos nossos melhores trabalhos, mesmo sabendo que Deus aceita pecadores
por amor a Cristo e por causa da justiça de Cristo, e que todas as obras de um
homem regenerado não o justificam, mas são frutos do Espírito, que as leis
cerimoniais e civis do Antigo Testamento são agora obsoletas, santos na Nova
Aliança ainda são obrigados a obedecer a lei moral, não como um caminho para a
vida, mas como MODO DE VIDA.
A diferença fundamental
é que apenas o evangelho é a FONTE de toda a obediência, mas a lei moral –
resumida nos Dez Mandamentos, elaborada no Novo como fruto do Espírito, ou lei
do amor...), permanece como o padrão que Deus requer.
Não há, e é bom que
isso seja repetido a exaustão todos os dias, justificação sem santificação.
Deve estar sempre claro para nós que ,
embora sejamos justificados tão somente por meio da fé, essa fé verdadeira que
se apega para sempre a Cristo, imediatamente começa a produzir o fruto do
Espírito, e nisto cresce enquanto o homem que de fato foi regenerado segue em
direção ao alvo da soberana vocação.
Nada pode ser mais
falso do que a conclusão ou acusação, de que a fé justificadora faz o homem
omisso em uma vida piedosa e santa, é o oposto, sem a justificação por fé
somente, o homem só faria coisas não por amor a Deus, mas apenas motivado por
amor-próprio e medo da condenação.